Inventário de rede: Como fazer de Graça

[alert type=”warning” close=”true” heading=”Aviso”]Artigo atualizado em 26 de dezembro de 2017.[/alert]

Ter um inventário de rede atualizado e completo é fundamental para não ser pego de surpresa em caso de uma fiscalização da Microsoft.

postamos um artigo sobre a parceria da ABES e BSA, para criação de um portal para denúncia de software pirata. Temos percebido que vários clientes já estão recebendo cartas ou ligações destas instituições sobre denuncias e nos procuram querendo saber como proceder.

O primeiro passo para se proteger de um processo de fiscalização da Microsoft é saber tudo sobre o que você tem na sua rede.

Quais são os pontos principais que você deve levantar em um inventario de rede para a Microsoft?

Abaixo as informações que recomendo que levante no caso de precisar fazer um relatório de inventário para o time de compliance da Microsoft.

  1. Quantas máquinas você tem na rede? (Servidores, máquinas virtuais, desktops, notebook e até smartphones)
  2. Quais softwares tem instalado em cada máquina?
  3. Possui licença de software? Se sim, levante todas as notas fiscais de compra e os contratos de licenciamento.

Qual software usar para fazer o inventário?

Existem muitos softwares que possuem o recurso de inventário de ativos de hardware e software, mas em se tratando de um processo de fiscalização da Microsoft, o que eu recomendo usar é o Microsoft Assessment and Planning (MAP) Toolkit, uma excelente ferramenta para inventário, planejamento e relatórios sem agente.


Ferramenta MAP em ação para inventário

O MAP é gratuito e fácil de instalar. Ele também pode ser usado para te apoiar na migração do Windows Server 2008 para o 2012 ou do Windows 7 para Windows 8. Existem muitos outros relatórios que ele pode gerar. Para conhecer mais sobre a ferramenta, visite http://technet.microsoft.com/en-us/solutionaccelerators/dd537566.aspx

Já fiz o inventário, e agora?

Com base no levantamento dos softwares que tem em uso, vem a segunda parte da sua missão. Cruzar as informações do que encontrou instalado versus as comprovações que possui de licenciamento de software.

Dependendo de como você tenha feito as compras de licenciamento, esta busca pode ser um pouco ingrata.

Falando de licenciamento Microsoft, que é o que mais impacta em uma empresa, geralmente vamos encontrar 3 tipos de licenciamento: OEM, FPP e contratos de volume.

Você pode assistir um treinamento completo sobre o assunto no link https://infob.com.br/treinamento-sobre-licenciamento-microsoft/

No caso de licenciamento OEM e FPP(Caixinha), a Microsoft não mantém nenhum controle. Para a licença ser considerada legal nestes tipos de licenciamento, é necessário que o cliente tenha a nota fiscal da licença, a EULA que acompanha a licença, a COA e a mídia de instalação(quando aplicável).

Sem qualquer um destes itens a licença é considerada irregular e passível das punições previstas em lei.

No caso de contratos de volume (Open, Open Value, Select e etc), basta o cliente ter a nota fiscal de compra e o acesso ao VLSC com relatório das licenças atribuídas a sua empresa.

Depois que você conseguiu um relatório completo de todas as compras de software da sua empresa, é necessário cruzar estas informações com o relatório gerado pelo MAP e descobrir as diferenças. Se não tiver nenhuma diferença entre a base instalada e o que foi comprado, é só passar esse relatório para a ABES ou BSA e encerrar o caso.

Recomendações

Como falamos em outro artigo (Compra com inteligência), a busca pelo menor preço absoluto pode acabar gerando um custo maior no longo prazo e mais dificuldade para gerir o passivo de software. Segue algumas dicas preciosas para compra de software.

  • Evite a compra de caixinhas isoladas. As caixinhas foram feitas para usuários domésticos ou pequenos escritórios de no máximo 5 funcionários. Prefira os contratos de volume.
  • Sempre que comprar uma máquina nova que já venha com o software pré-instalado(OEM), peça ao seu vendedor na Infobusiness para cotar o Software Assurance(SA) para Windows. Desta forma você protege o seu investimento e não precisa ficar gerenciando a chave de cada máquina.
  • Se sua empresa estiver enquadrada como lucro real, a compra através de subscrição faz mais sentido. Mantém a sua empresa sempre com acesso ao software mais recente e ainda pode obter benefícios fiscais com a compra.
  • Mantenha alguma ferramenta de inventário ao vivo, como o Spiceworks ou o System Center. O MAP é uma excelente ferramenta, mas exige que você fique rodando de tempo em tempo. O ideal é ter o seu ambiente na sua mão 24 horas por dia.
No mais, conte com a equipe de consultores da Infobusiness para ajudar a sua empresa a se manter legal e economizar na compra de software.
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Eduardo Passos
Eduardo Passos
Diretor de serviços e produtos na Infobusiness Informática, com mais de 12 anos de experiência no mercado de TI brasileiro.